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10 minas da periferia para você seguir no Instagram

Flávia Martinelli

31/07/2019 04h00

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Na mais pura versatilidade que ser pisciana me proporciona fkshdjsjdjs #artvsartist

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@lyanzr
Artista visual, educadora e pesquisadora, Nazura é moradora da zona leste de São Paulo e mostra o talento e a coragem da mulher da periferia que "ousa" ser artista. Ela divulga trabalhos de artistas vivos, pretos, favelados LGBTQ+ e mulheres. "Não há glamour ou romantização na vida de um artista que vive à margem. Nós não tivemos um insight, saímos da empresa do nosso pai e fomos nos dedicar a arte. A arte é intrínseca ao nosso ser, não foi uma escolha", escreveu em um de seus posts. "Fortaleça nosso corre agora. Movimente a cena que vocês conhecem, trabalhamos pra caralho pra subverter essa imagem elitista de um mercado branco, velho e normativo." 

 

@baddiesantana
Juliana Santana é modelo plus size, comunicológa e ativista do Body Positive, movimento que levanta a bandeira do amor ao próprio corpo. Além de tocar em assuntos ligados à sexualidade para empoderar mulheres, em seu feed a influencer traz muita inspiração de looks para as manas gordas, levanta questões ligadas à autoestima e também à saúde mental.

 

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Como é uma vagina bonita? Qual é o tamanho normal da vulva? Será que todas têm tantos pelos? É normal ter determinado formato dos lábios? Para responder a essas e mais questões, nasce o @the.vulva.gallery, da artista holandesa Hilde Atalanta. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ O projeto, criado pela ilustradora holandesa Hilde Atalanta, traz a vulva em suas mais diferentes versões e possibilidades, cores, tamanhos, histórias. Através de retratos em aquarela da genitália feminina, sempre acompanhados de um relato da pessoa desenhada, a artista quer promover não só o autoconhecimento como especialmente a educação sexual. De acordo com Atalanta, o único modo de mudar a experiência que os indivíduos têm como seus próprios corpos é instruir, a eles e aos outros, sobre a diversidade. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é o país que mais realiza procedimentos de plástica íntima, cirurgia que visa reduzir ou remodelar os lábios vaginais. O número expressivo de brasileiras que buscam por este procedimento estético é um reflexo de como somos ensinadas a ter vergonha de nossos corpos, mesmo sem nos conhecermos. Por isso é tão importante que existam projetos artísticos que explorem a diversidade e a realidade dos corpos. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Leia a entrevista com a artista no link da bio! ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ **** A gente tá se achando muito bilíngue essa entrevista da nossa colaboradora Alinny Martins #TheVulvaGallery #vulva #vivalavulva #feminismo #loveyourself #loveyourvulva #ameoseucorpo #amorproprio #ilustracao #ilustradoras

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@guiamariafirmina
As meninas do guia não são da periferia, mas fazem a melhor programação cultural com temática feminina do Estado de São Paulo! As jornalistas Victória Durães e Taís Cruz fazem semanalmente uma curadoria para divulgar as produções artísticas de mulheres, para mulheres ou que tenha protagonismo feminino. "Nosso objetivo é oferecer um guia que mapeie e, principalmente, valorize o trabalho das mulheres nas mais diversas manifestações artísticas", diz Victória, que também é colaboradora do @mulherias. O nome do guia é uma homenagem à escritora Maria Firmina dos Reis, que nasceu em 11 de outubro de 1925, em São Luís, Maranhão. Filha de mãe branca e pai negro, provavelmente escravo, Firmina enfrentou as barreiras de gênero, raça e classe para adquirir, dentro das possibilidades, alfabetização. Aos 22 anos se tornou a primeira mulher concursada para o cargo de professora no seu Estado natal. "Úrsula" (1859), primeiro romance escrito por uma mulher, negra, e com temática abolicionista foi de Maria Firmina, que omitiu sua identidade assinando como "Uma Maranhense". "A  primeira romancista da nossa literatura teve a audácia de escrever um livro abolicionista em 1887. E mesmo assim Maria Firmina foi apagada pelo história, como muitas outras artistas ainda são", arremata Taís Cruz.

 


@anapaulaxonagani
Ana Paula Xongani é produtora de conteúdo no Instagram e no Youtube, canais onde fala sobre sobre questões referentes à negritude. Junto com sua mãe, a influencer também é dona do Ateliê Xongani, loja localizada no bairro do Artur Alvim, região leste da capital paulista. Por lá, a família produz e comercializa roupas e acessórios afro.

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Compras na Casa do Norte*. Foram 65 reais em 21 itens entre grãos, farinhas, sementes, temperos e até planta. Todos os itens vão durar um mês aqui em casa, com exceção dos temperos, que duram geralmente por volta de 3 meses Grãos: grãos de bico, lentilha, amendoin, ervilha e soja Sementes: linhaça dourada e girassol Farinhas: de banana verde, de uva, de aveia, de rosca, de linhaça dourada e de grão de bico Temperos: limon pepper, Edu Guedes, Ana Maria, chimichuri, vinagrete desidratado, alho cebola e salsa, e salsa desidratada E a planta é camomila que me salva em dias de cólica. A meta agora é comprar sacos de pano para diminuir meu consumo de plásticos. *Casa do Norte (como chamamos aqui em São Paulo) são espécies de mercearias que vendem comidas típicas do nordeste e vários tipos de grãos e temperos à granel. Essa que faço compras fica em Osasco SP. #comidaagranel #casadonorte #sejavegano #considereoveganismo #veganismoperiferico #veganismoparatodos #veganismoacessível #veganismodequebrada #sapavegana #animailnãoécomida #comidavegana #vegan #govegan #pelosanimais #veganismoepossivel #ensineagentilezaconsidereoveganismo #veganismo #vegetarianismo #JaraguaSP #Jaragua

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@sapavegana
Luciene de Jesus, que se autodefine "preta, sapatão, umbandista, pobre, estudante e estagiária de direito ensinando sobre veganismo acessível", reduziu pela metade seu gasto no mercado quando aboliu carne, ovos, leites e outros derivados da lista de compras. A estudante que ganha bolsa do ProUni mostra como fazer pratos veganos cheios de sabor e com pouca grana. Sua receita de hambúrguer de shimeji com mandioquinha é um sucesso e ela mostra, como no post acima, como comprar 21 itens diferentes para cozinhar gastando R$ 65.

 

@financascomanath
Você não sabe a diferença entre DOC e TED? Ainda não criou aquela planilha de gastos? Ouve falar em investir, mas não sabe por onde começar? O Finanças com a Nath te ajuda com todas essas questões e com mais um montão de dúvidas que aparecem no nosso dia a dia. Nathália Rodrigues também produz vídeos para o Youtube e usa sempre uma linguagem bastante didática, com exemplos comuns à maior parte da população.

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LOOK DO DIA: EU PROCURANDO OS MOTIVOS PELOS QUAIS 30 MIL PESSOAS ME SEGUEM AQUI 😂 ⚠️ O B R I G A D A G E N T E ! ⚠️

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@blogueiradebaixarenda
No Instagram, Nathaly Dias faz a linha blogueira pobre da vida real. A instagramer do Morro do Banco, no Rio de Janeiro, compartilha desde o começo a sua saga pela conquista da mobília da casa que divide com o namorado, dá dicas de decoração baratinha e diariamente conversa com os seguidores sobre os perrengues e as delícias do dia a dia. Tudo com muito bom humor e #realidade

 

@gabidepretas
Formada em relação públicas, Gabi usa o seu espaço no Youtube e no Instagram para falar sobre cultura negra. A influenciadora transita entre temas densos como racismo e encarceramento em massa, fala também sobre estética e empoderamento, e com a risada solta já conhecida pelos seguidores, mostra a sua rotina de maneira divertida e espontânea. Recentemente, Gabi criou o "Afetos", um podcast sobre sentimentos apresentado em conjunto com Karina Vieira.

 

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avoa. #ryaneleao

Uma publicação compartilhada por Ryane Leão (@ondejazzmeucoracao) em


@ondejazzmeucoracao
Mulher negra, poeta e escritora, Ryane Leão é criadora do Onde Jazz Meu Coração, perfil do Instagram onde a artista compartilha trechos da obra "Tudo Nela Brilha e Queima", livro que se tornou um fenômeno literário. Ryane tem uma escrita potente que se comunica imediatamente com as mulheres, e é exatamente essa a intenção da poeta que na dedicatória de seu livro entrega: "Às mulheres infinitas". É impossível não se sentir mais inteira depois de saborear algumas linhas.

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Sobre o autor

Flávia Martinelli é jornalista. Aqui, traz histórias de mulheres das periferias e vai compartilhar reportagens de jornalistas das quebradas que, como ela, sabem que alguns jardins têm mais flores.

Sobre o blog

Esse espaço de irmandade registra as maravilhosidades, os corres e as conquistas das mulheres das quebradas de São Paulo, do Brasil e do mundo. Porque periferia não é um bloco único nem tem a ver com geografia. Pelo contrário. Cada uma têm sua identidade e há quebradas nos centros de qualquer cidade. Periferia é um sentimento, é vivência diária contra a máquina da exclusão. Guerrilha. Resistência e arte. Economia solidária e make feita no busão. É inventar moda, remodelar os moldes, compartilhar saídas e entradas. Vamos reverenciar nossas guardiãs e apresentar as novas pontas de lança. O lacre aqui não é só gíria. Lacrar é batalha de todo dia. Bem-vinda ao MULHERIAS.